Na data em que se comemora a
descoberta do vírus, o alerta
São 35 anos de identificação do
vírus da AIDS, descoberta que valeu uma disputa entre França e Estados Unidos,
os doutores Lug Montagnier e Robert Gallo, anunciando este feito quase que
simultaneamente. Mas foi Montagnier quem primeiro isolou o vírus, em 20 de maio
de 1983, o que lhe valeu o Prêmio Nobel. Ao receber a honraria, em seu
discurso, ele a dividiu com o colega americano. Happy end numa disputa em que o
vencedor foi a Humanidade. Ao longo desses anos, o Brasil tem desempenhado
papel importante. Entre as primeiras vítimas identificadas com o vírus no
mundo, estava o grande decorador italiano radicado no Brasil, Terry Della
Stuffa, que foi se tratar nos Estados Unidos, e teve o corpo doado para estudos
científicos. As políticas públicas brasileiras nesse campo da AIDS também foram
inovadoras, sem precedentes no mundo, e criaram padrões copiados por outros
países, envolvendo até quebra de patentes. Temos médicos, que se especializaram
no desafio do atendimento aos pacientes, antes mesmo da detecção do vírus, e
mantém seus pacientes vivos, sob tratamento, nessas mais de três décadas. Uma
que se destaca é a clínica geral, dra. Loreta Burlamaqui, entrevistada de hoje,
por João Francisco Werneck.
AIDS: do pânico à superação do
preconceito
A AIDS, nessas três décadas e meia,
enfrentou de tudo, do preconceito à inevitabilidade da tragédia humana.
Comemoramos o aniversário de sua descoberta e sua história de luta contínua em
busca de progresso, entre mártires, como Cazuza, e heroínas, como a médica,
dra. Loreta Burlamaqui, uma pioneira no tratamento da doença no Brasil,
diretora médica da Sociedade Viva Cazuza. Diariamente, ela trata de crianças e
adolescentes portadores do vírus HIV. Graças ao seu esforço e, claro, de outros
profissionais, a AIDS deixou de ser tabu no Brasil, ganhou tratamento,
remédios, e hoje está superado o lado mais cruel do preconceito, que é o
abandono, a absoluta falta de empatia para com o ser humano. A brilhante dra.
Loreta Burlamaqui nos recebeu em sua casa e falou à Coluna Hildegard Angel,
trazendo todo o seu conhecimento e experiência sobre o tema.
Jornal do Brasil: Em 2018,
completaremos 35 anos da descoberta da AIDS. É pouco tempo. A AIDS é uma doença
recente. Com relação ao tratamento da doença, o que mudou nesse período?
Loreta Burlamaqui: Mudou muita
coisa, demais. A começar que no início de tudo não havia remédio. Segunda coisa
importantíssima, preconceito. Naquela época o trabalho era monumental. Em 1987,
começou a nossa luta junto aos planos de saúde para conseguir tratamento para
os pacientes. Tudo começou na Câmara Técnica de AIDS. Leia mais aqui
Fonte: Jornal do Brasil
Coluna: Hildegard Angel – Dia 20/05 às
07h36
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